quinta-feira, 23 de junho de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

Aniversário do Sefrin!

22 de junho - aniversário do Sefrin!
Tudo de bom e mais um pouco!!
E muita música!!!!!!!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Depoimento Ana Yara Campos

Caro Sefrin, não tivemos (ainda) a chance de trabalharmos juntos, mas sinto-me no dever de lhe enviar um grande abraço solidário. Um abraço de quem já enfrentou injustiças semelhantes e doídas.Além da admiração por seu trabalho (que pude apreciar em julho do ano passado), penso ser quase uma obrigação refletirmos um pouco mais sobre o que anda acontecendo conosco nos dias atuais: a demolição gradual, inconsequente, alienada da própria História!Põe-se abaixo toda uma construção musical de décadas, que não visou outro bem que não fosse o cultivo das coisas bonitas, bem realizadas, a fruição e o conhecimento estéticos, a serviço de um mundo mais sensível e humano.É lamentável que uma instituição da importância da Unisinos não consiga visualizar o estrago, o retrocesso que causou (a si própria) no setor da Arte, em especial, da música.Toda Universidade deveria ter seu olhar voltado para o futuro: "Que mundo queremos?"Do jeito que as coisas andam, no entanto, a previsão é péssima. Dentro de algum tempo, é provável que habitemos num planeta sem graça, cheio de indivíduos indiferentes e indiferenciados, automatizados, em rotina e cenário inodoros, incolores, voláteis, descartáveis, sem sabor, poluídos... porque não haverá o "elemento purificador da arte, da música" (catarse), que é um de seus principais papéis !Um dia, Camões escreveu o sábio verso: "Cantando espalharei por toda parte".Sem dúvida, num mundo onde tudo se mede com base em quantidade de perdas e ganhos, você pode estar certo, Sefrin: nesse episódio, quem perde é a Universidade, porque você prosseguirá seu caminho semeando a beleza, seja em forma de canções ou de sonhos... sim, espalhados em outras partes!Grande abraço, Yara

terça-feira, 22 de março de 2011

Assinaturas na faixa

Com Lucas, placa e os lápis

Homenagem na Unisinos - recebendo a placa

Homenagem na Unisinos

E a cultura leopoldense perde mais uma...

Texto na íntegra que não pode sair no jornal VS:



E a cultura leopoldense perde mais uma...

Chega ao fim o Coral Unisinos do saudoso José Pedro Boéssio, falecido há 10 anos, da competente Lúcia Passos, desligada da universidade em 2005, e do grande regente João Paulo Sefrin, este último afastado do coro em março deste ano. É o fim de uma era da cultura pela cultura, da boa música coral sendo levada tanto às grandes salas, às igrejas e aos teatros como às vilas mais carentes e cidades mais afastadas. É o fim de um legado, de um trabalho construído ao longo de 45 anos.

A cultura está enlutada. Mas a História, essa ninguém apaga, nem mesmo os interesses financeiros. Ela ficará para sempre conosco, na lembrança de todos os que passaram pela mão do maestro Sefrin, sob sua regência competente e segura, e daqueles que tiveram prazer de assistir aos concertos do coral.

Depoimentos de cantores, ex-cantores, importantes figuras do meio musical, membros da sociedade em geral (que podem ser conferidos no blog sonhosespalhados.blogspot.com) atestam o trabalho qualificado do coro, a busca constante pela perfeição, a abordagem humana e amiga, frutos do trabalho do nosso querido regente. Da mesma forma, esses relatos nos mostram o quanto perde a comunidade e todos aqueles que apreciam a boa música.

O título “Coral Unisinos” não nos pertence. E dele a universidade continuará a fazer uso. Mas por que interromper um trabalho de qualidade inquestionável, reconhecido no Estado, no País e até no exterior? Para que recomeçar algo que vinha dando tão certo? Essas respostas não nos cabem.

Estamos perplexos diante desses acontecimentos e queremos, através desse espaço, agradecer ao nosso querido amigo e regente.


Maestro Sefrin

Como regente e amigo, sempre deixaste muito de ti em cada um que passou por tuas mãos. E quantos passaram...

O poder transformador da música fez muito por nós cantores e por aqueles que nos assistiram, e tu foste um dos grandes responsáveis por isso. São lições de respeito, de humildade, de amizade, e, ao mesmo tempo, de competência, de segurança.

Somos muito agradecidos por tudo o que fizeste por cada um de nós que passou pelo coral, pela amizade, pelo prazer da convivência e pelo aprendizado. Desejamos-te muito sucesso e muitos novos desafios, pois precisamos de pessoas como tu para que a música seja valorizada, qualificada e acessível a todos.

Esperamos, também, que muitas outras pessoas possam ter a oportunidade de cantar contigo e de fazer parte da tua história, o que é um privilégio. Que restem, também, apenas as lembranças boas desses 21 anos que permaneceste no Coral Unisinos.

Estaremos sempre contigo, querido maestro, pois em nossos corações teu lugar estará sempre garantido.

Um grande abraço,


Carine Fick

SAIU NO JORNAL VS!!!!!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Encontrei pessoalmente o Sefrin pela primeira vez muito recentemente no encontro de corais em São José do Sul. Encontro fortuito que reuniu além do Coral da Unisinos sob sua regência, o Coral da UFRGS com Lucas Alves, o Coro de Câmara da UFSM comigo e o grupo da casa, o Vocal Masculino Prof. Aloísio Brand com Auri Brand. O que assisti destes grupos ficou para mim como um dos melhores encontros de corais que participei. Naquela noite o Coral da Unisinos em particular apresentou um grupo bastante coeso e que deixou transparecer a tradição coral de seus quase 45 anos. O trabalho do Sefrin e seus coralistas como a continuidade desta tradição foi de deixar orgulho em quem assistiu. É então a estas pessoas a quem dirijo minha solidariedade na esperança de ainda encontrá-los. Recebi há pouco um DVD com a gravação do encontro em São José. Acabei de revê-lo com prazer. É um registro valioso em um país onde o movimento coral sofre com a descontinuidade. Abraço a todos, e que sigam fazendo ouvir suas vozes.

Dr. Cláudio António Esteves
Professor de Regência e Canto Coral da UFSM
Regente do Coro de Câmara e do Coral da UFSM
Amigo Sefrin,

na minha concepção existem dois tipo de regentes:
os que conduzem vozes, e os que conduzem almas...
Concerteza você é o segundo e não foi uma nem duas almas, foram MUITAS ao longo desses anos.
E ainda virão mais nos próximos...
Pode ter certeza que todas estas "almas" que tiveram o privilégio de serem conduzidas por você sempre terão
uma gratidão, um carinho e um respeito enorme!

Parabéns por todos estes anos de OURO.
Nos sentimos honrados em ser "almas" que um dia você conduziu!

Ana - Todynho

quarta-feira, 16 de março de 2011

Depoimento sobre o Maestro João Paulo Sefrin

Quando recebi a triste notícia de que nosso Maestro Sefrin não era mais o regente do Coral Unisinos, logo após a indignação inicial, pensei em escrever algo sobre seu trabalho. Fui tentado a falar da sua técnica, da sua sensibilidade como regente e da sua postura como líder. O lado humano e a amizade seriam pontos a destacar nesse meu depoimento. No entanto, como isso tudo não é novidade para ninguém, resolvi escrever sobre uma apresentação em específico que aconteceu na cidade de Igrejinha no ano de 2008. O evento não tinha nada de especial. Um encontro de coros numa pequena cidade do interior, com um público em número razoável, com um interesse também razoável nas apresentações que se seguiam uma após a outra. Naquele ano estávamos com um repertório bastante complexo (pelo menos para mim) que incluía entre outras coisas, “Canto dos Pássaros” e “Piquete do Caveira”. O desafio era grande, especialmente para um cantor amador como eu. Nos ensaios, lembro da paciência e das inúmeras vezes que parávamos para repetir determinados trechos das peças. Lembro da obstinação do Maestro e da determinação em tirar o melhor que cada um de nós pudesse dar. Buscávamos o mais próximo da perfeição, talvez resquícios de um passado glorioso, o qual, infelizmente não tive a oportunidade de viver.

Após assistir a várias apresentações, subimos ao pequeno palco. Os holofotes ficavam incrivelmente próximos causando uma sensação de calor naquela noite de temperatura amena. Pensei que seria apenas mais uma apresentação, quando, em determinado momento, ao executarmos “Piquete do Caveira”, o coro tornou-se literalmente um instrumento nas mãos do Maestro. Notei que o maestro alongava alguns trechos da música, em outros mudava a dinâmica...o coro acompanhava. Ponta de pés, olhos fixos e atentos. A massa humana do coro se movia ao balanço das mãos do regente e ao movimento corporal que a música exigia. Cantávamos ao mesmo tempo em que éramos elevados para outro patamar. Naquele momento tudo ficou claro. Éramos teclas do mesmo piano. Cordas do mesmo violão. E o Maestro, depois do árduo trabalho de afinação do seu instrumento coral, pode finalmente tocá-lo, naquele instante, naquele raro e solitário instante. Um trabalho talvez de anos se justificava. Ali ele foi o solista, o intérprete daquela música. Naqueles poucos minutos em que se seguiu a peça, o Maestro não regeu, ele tocou, foi músico. Naqueles parcos e raros minutos, que nem sei se pôde ser repetido outra vez, o instrumento Coral, composto de cordas vocais, seguiu ao sabor dos movimentos precisos do Maestro. Aquele instrumento humano tão complexo e cada vez mais raro, composto de almas, corações, sujeito às suas vicissitudes, as suas manias, crises de humor, gripes, resfriados, dores de garganta e cansaço. Aquele instrumento sujeito às emoções, problemas pessoais, trabalho, filhos, emprego, família. Aquele instrumento, que pensa e tem alma, aquele instrumento que chora, que ri, que sofre e fala...composto acima de tudo de gente e por isso mesmo complexo...aquele instrumento que não foi criado pelo homem, mas que saiu das mãos de Deus, naquele instante esteve literalmente nas mãos e sob execução do Maestro João Paulo Sefrin. O ar emitia sons, era tocado como uma harpa, esvaecia-se, crescia, acomodava-se, voltava a crescer com força e vigor. Mar em ressaca, rochedo, pássaros e areia, água e vento, suavidade e força. Naquele momento, plenamente afinadas, todas as cordas soaram exatamente como ele queria. O ensaio fora só o momento de afinar os instrumentos, pois ali no palco, nossa casa, éramos o instrumento tocado pelo artista. Juntos, tensos, atentos, suados sob o holofote do pequeno tablado, num momento de transe e pura arte, soamos afinados, limpos e precisos. Os olhos do Regente olhando para o nada, as mãos e corpo em comunhão, ocupados apenas na arte de recriar a música que a partitura não podia descrever. Recriar, interpretar, reinventar.

Sefrin não rege mais o Coral Unisinos, por motivos que não nos cabe julgar. Perde a universidade, perdem os seus coralistas, perde o público e a comunidade artística em geral. Entretanto, sua arte continua a pleno nas diversas atividades a que se dedica. De minha parte, discípulo que sou, seguirei o mestre. Seguir em busca de momentos como aquele em que a música, em toda sua plenitude, me fez entender finalmente o que é arte.

Sílvio Machado.

opinião

MAESTRO JOÃO PAULO SEFRIN


Não nos compete opinar, muito menos julgar, decisões administrativas tomadas por
dirigentes de entidades.

Contudo, quando tantas e tão eloquentes mensagens são encaminhadas lamentando
a demissão do Maestro Sefrin de seu cargo de regente do CORAL DA UNISINOS,
ficamos na obrigação de fazer algum registro do fato.

Nos textos percebe-se alternância de indignação e tristeza pelo episódio. São citados
os 19 anos de dedicação à UNISINOS e à música coral, seu carisma, sua capacidade
de lider aglutinador e seu respeito e carinho por todos que com ele trabalharam.

Maestro Sefrin, queira receber nossos cumprimentos, tanto pela qualidade da obra
construida quanto pela sua admirável capacidade em fazer tantos e tão fiéis amigos.

Aury Hilario
Amigo Sefrin,

na minha concepção existem dois tipo de regentes:
os que conduzem vozes, e os que conduzem almas...
Concerteza você é o segundo e não foi uma nem duas almas, foram MUITAS ao longo desses anos.
E ainda virão mais nos próximos...
Pode ter certeza que todas estas "almas" que tiveram o privilégio de serem conduzidas por você sempre terão
uma gratidão, um carinho e um respeito enorme!

Parabéns por todos estes anos de OURO.
Nos sentimos honrados em ser "almas" que um dia você conduziu!

Ana - Todynho

terça-feira, 15 de março de 2011

Texto dedicado ao meu amigo maestro e a todos os seus amigos:

Mesmo que a vida nos ensine várias lições, nos fazendo repensar algumas posturas, sendo mais flexíveis às vezes, e firmes em nossas posições outras vezes, uma coisa eu quero continuar acreditando: o que faz de alguém uma pessoa com um brilho especial? Seria uma soma de carisma, simpatia, humanidade, simplicidade com uma boa dose de competência, conhecimento e sabedoria - conhecer o que fazer e saber fazer bem. Na minha opinião, o amigo e maestro Sefrin se encaixa perfeitamente no conceito acima.

O momento de ruptura que estamos vivenciando nos leva a pensar muito e querer homenagear com justiça uma pessoa: o Sefrin. Mas pessoas boas normalmente atraem outras de boa índole, assim como ocorre o inverso. Já dizia o ditado: “aves da mesma plumagem voam juntas”. Não é preciso citar nomes de outros profissionais, amigos e companheiros de jornada, que estão e sempre estarão com o Sefrin, porque possuem a mesma índole, a mesma competência e principalmente os mesmos sonhos e ideais.

Mas tudo o que ocorre nesta vida tem um contexto histórico. Não basta olharmos somente o presente, que às vezes nos deixa plenos de alegrias e emoções, ou em outras situações nos coloca frente a frustrações, decepções, traições. Não me cabe esclarecer o que levou ao afastamento do maestro Sefrin do Coral Unisinos, pois todos devem ou deveriam saber muito bem as razões e onde começou este processo todo que culminou neste fato triste e lamentável.

Então me permitam me alegrar com as boas memórias que tenho do amigo Sefrin desde o seu comecinho no Coral Unisinos. O Sefrin ingressou no Coral em 1990, no naipe dos tenores, pois gente boa só podia ser tenor mesmo (brincadeirinha!!). Mas, mais do que isto ele já era regente formado pela UFRGS, monitor que auxiliava o maestro Zé Pedro nos ensaios do coral. O seu carisma e competência, qualidades suas que já foram ressaltadas anteriormente, fizeram com que os próprios integrantes do Coral Unisinos daquela época escolhessem o amigo e companheiro Sefrin para ser o maestro do Coral, por ocasião da saída do Zé Pedro para os Estados Unidos para fazer o seu mestrado e doutorado. É um dos momentos que mais me emociona quando nos unimos como grupo e intercedemos junto a universidade para que o Sefrin fosse O NOSSO MAESTRO. Uma decisão unânime e plena: um grupo escolhendo uma pessoa para ser o seu líder, pois representava o maestro amigo, carismático e competente que todos queríamos. Depois desta escolha, há milhares e milhares de momentos preciosos do Coral Unisinos que tenho certeza que cada cantor guarda na sua lembrança. São tesouros preciosos que nada e nem ninguém poderá tirar de nós. Penso que ao escolhermos naquele momento o Sefrin, escolhemos mais que um maestro bem preparado para ser o regente do Coral Unisinos: NÓS ESCOLHEMOS UM SONHO, UM IDEAL, algo em que acreditamos e em que queremos continuar acreditando. E esse é o nosso tesouro, de todos nós que conhecemos e convivemos com o Sefrin, cantando com ele em algum coral, sendo regidos por ele em alguma orquestra, ou assistindo um concerto seu. Ora, graças a Deus o Sefrin está “vivinho da Silva”, o mesmo amigo querido, uma pessoa de uma riqueza humana ímpar, e um maestro cada vez mais maduro e preparado, e é um privilégio estar próximo dele e de outros profissionais queridos e competentes como ele. Então não deixemos que o nosso SONHO morra, não abandonemos os nossos IDEAIS, e guardemos bem o nosso TESOURO.

Abraços do amigo e cantor do Sefrin, Cézar Simon.

Sefrin,

Teu legado no Coral Unisinos perpassam os muros da antiga sede e do Campus. A música tem essa magia e principalmente qdo regida por alguém com uma "baita" sensibilidade, que és tu Sefrin. Tenho legitimidade para afirmar isto porque tive o imenso prazer de fazer parte dessa história, pelo menos por 11 anos. Canções como Borzeguim,Vim Vadiá, Bola de Gude Bola de Meia, Novo Tempo, Janela Lateral, Vira Virou, Canção da América, Beatriz,Toada, Pater Noster, Magnificat, "Bagaró", Aleluia de Tompson, Série Xavantes, Túrot eszig a cigány (Kodály), Abschied vom Wald... são algumas obras que regidas por ti e com teus arranjos ficaram marcados na história musical. E claro, em especial uma obra prima chamada QUINTANARES. "A vozinha garoa vai contanto vai contanto suas lindas histórias a lareila: Era uma vez, um dia, eis se não quando..." . Pois é Sefrin a história continua e mais outras virão, através do teu belíssimo trabalho levando a música que toca o coração das pessoas.

"Todos estes que aí estão atravancado o meu caminho, eles passarão e eu passarinho". (Mário Quintana)

Um grande Abraço
Alessandra Obem - Ex- coralista Coral Unisinos

segunda-feira, 14 de março de 2011

Sefrin

Não vou fazer nenhum comentário sobre os tempos "antes do Sefrin".
Não convivi com aquelas pessoas durante o processo. Não acompanhei aquela história.
Quero, somente, neste momento fazer o meu agradecimento pela oportunidade que me deste de em 2009 integrar o Coro Unisinos.
Dizer o quanto, até então, me enchia de orgulho, de alegria, de prazer fazer parte do grupo.
Reconhecer, antes de tudo, que somente pessoas com a tua DELICADEZA e HUMILDADE é que são capazes de enxergar além do óbvio.
Muito obrigada por pemitir, junto aos meus colegas e sob a tua regência viver todas as emoções e sensações que a música em Canto Coral pode e ainda vai me proporcionar.
Muito obrigada.

Maiara

domingo, 13 de março de 2011

Tchê! querido amigo João Paulo!
Fiquei sabendo hoje, através do texto muito bem escrito pelo nosso amigo Paulo Machado, e por diversos e-mails dos nossos amigos, do teu afastamento do Coral Unisinos.
Estou perplexo. Não sei o que comentar com o amigo sobre essa barbaridade. A única coisa que posso oferecer no momento é a minha irrestrita solidariedade a ti, que foi -- e é --uma das pessoas mais importantes que eu convivi na minha longa vida.
Esse gesto dessa gente já era de se esperar -- depois da demissão de vários baluartes do nosso inesquecível Coral.
Então, se o amigo aceitar uma palavra minha neste momento, é o seguinte: mal comparando, devido à magnitude dessa ruptura que aconteceu, eu já vivi algumas vezes o drama de ser desprezado por gente a quem eu dediquei boa parte de meu 'sangue-suor-e-lágrimas'. E no momento do impacto do evento, não conseguia prever que o que viria por diante era uma situação beeeeeem melhor que a anterior.
Sempre, meu amigo, consegui uma situação melhor do que a que ficara para trás. Mal comparando outra vez, a gente precisa acreditar que depois de uma noite de trevas, fatalmente amanhece um dia radioso de claridades e felizes oportunidades.
Se isso puder servir para amenizar um pouco a provável tristeza do meu amigo, por favor aceita essa manifestação de um dos teus maiores 'fans' da região Sul.
Vou ficar ansioso por notícias tuas.
Um grande abraço e um beijo deste teu amigo de sempre
Ayrton, Santa Catarina 2011.
"As pessoas ,que vencem neste mundo, são as que procuram as circunstâncias que precisam e, quando não as encontram, as criam". Bernard Shaw

Com esta frase, de Bernard Shaw, gostaria de expressar a minha tristeza pelo afastamento do nosso querido Maestro João Paulo Sefrin, o " Sefrin" como nós o chamamos, da regência do Coral Unisinos. Eu, como ex coralista do Coral Unisinos ( tive o privilégio de cantar neste maravilhoso coral por 21 anos de minha vida) sinto-me, profundamente, decepcionada com esta decisão de exonerar o Sefrin do coral. Sinto pelo coral, que vai se privar de mais um profissional competente, apaixonado pelo que faz , tanto é que decidiu reger o Madrigal Presto, há quase 3 anos, por amor à música, já que nada recebe em termos financeiros. Mas, acima de tudo, simples como pessoa e sem estrelismos . O Sefrin é e sempre será um amigo , e isto não sou apenas eu que o considero assim . Infelizmente, vivemos num mundo em que a inversão de valores é uma constante. Não entro em detalhes. Cada um de nós, que o conhece, sabe e sente o quanto esta atitude marcará negativamente ,não só o coral Unisinos, mas a todas as pessoas que por ele passaram.
Amigo Sefrin tu tens capacidade e competência para continuar a "criar as tuas circunstâncias " de vida . Disto não tenho a menos dúvida.
Um afetuoso abraço,

Janete Vargas
Ex coralista do Coral Unisinos
Cantora do Madrigal Presto de São Leopoldo.

“Por diversas vezes tive a oportunidade de ver o Coral Unisinos em ação, sob o comando do Maestro João Paulo Sefrin. Pode-se observar a competência de um regente através da qualidade do grupo sob sua tutela, e sempre o Coral Unisinos apresentou qualidade ímpar, tal qual uma máquina bem azeitada. Também pude perceber que o maestro é um grande ser humano, pois só uma pessoa realmente iluminada pode ser tão bem quista pelos seus comandados. E lastimável que a Unisinos tenha aberto mão de um profissional deste quilate, que desenvolveu um trabalho magistral, amplamente reconhecido pela comunidade.”

Jairo Holthausen Maciel Júnior

Técnico em Música, Porto Alegre - RS

"Agradeço o privilégio que a mim foi proporcionado, reingressei no coral depois de tantos anos afastada e pude conviver com esse grupo de grandes amigos cantores. Tê-lo como regente é simplesmente indescritível. Foram anos de grandes aprendizados, sem contar os momentos inesquecíveis de descontrações, ha ha ha! Valeu grande chefe!"
Cleide Leitzke Schwambach

sábado, 12 de março de 2011

Depoimento de Ana Strack.

Bem, não sei nem como começar a escrever, pois é um momento muito triste e difícil para todos nós que fomos e continuaremos sempre fazendo parte do nosso coral, pois ele estará sempre vivo em nossos corações, presente em nossa memória fazendo parte de nossas vidas, deixando uma marca registrada em cada um de nós que jamais se apagará. Pois somos uma família, forte e unida, e essa força imensa que nos une vem crescendo a cada dia, mês, ano em que passamos juntos, repleta de lembranças inesquecíveis que não poderiam terminar assim. Na verdade não terminou, mas foi abalada por essa injustiça que nos impede de continuar prosseguindo com a nossa música com a única pessoa capaz de nos reger, entender, enfim... é um ser insubstituível!!!
E quero deixar bem claro que o principal responsável por tudo isso, todo esse amor, carinho, compreensão, dedicação, alegria...além de cada um de nós mesmos, nada mais é que o nosso querido amigo (acima de tudo é claro) e excelente profissional de extrema competência... o Sefrin... digno de toda nossa admiração, respeito, carinho por ser esse ser humano maravilhoso que é.
Deixo aqui meu protesto, minha indignação, pois isso é lastimável, não tem cabimento...não consigo entender o que está acontecendo, parece um pesadelo, jamais imaginei que isso aconteceria um dia, não dá para entender.
E podem ter certeza que nunca nessa vida e na outra, existirão palavras cabíveis que possam explicar porque aconteceu o fato de desligarem o nosso Sefrin, é inaceitável !!
"A música deve brotar fogo do coração de um homem, é lágrimas dos olhos de uma mulher ". (Beethoven)
Sem mais...
Ana Paula Strack

Obrigado, Muito obrigado

Quero ser breve no que vou dizer, para não deixar a ignorância tomar parte no que venho tentar expressar, que é um agradecimento a um grande, muito grande, grandississimo ser humano e querido mestre. Deixo a falta de cultura àqueles que tratam as coisas preciosas da vida, como se fossem números de um jogo entediante no qual o primeiro lugar é coroado com grinaldas de medilcridade. Mas isso deixamos pra trás, vamos pra frente, a história é uma só, com várias interpretações, mas quero deixar claro: - eu vivenciei isso...
A mais ou menos dois anos atrás recebi um convite em sala de aula, de alguém muito especial, uma Elfa diga se de passagem, que estavam abertas vagas para integrar o Coral Unisinos. Fui conferir para fazer música,mal sabendo que encontraria muito mais do que uma arte isolada, deparei me com a arte da vida, baseada no respeito, gentileza, amor pelo seu semelhante, onde tive certeza que um verdadeiro lider não é aquele que brande mais alto a espada, mas sim aquele que lhe propôem que sacala seria a última alternativa; não é o mais pomposo e emperiquitado, mas sim o que encherga além das máscaras e fantasias idiotas que usamos embecilmente no decorrer da jornada, e que sabedoria tem muito mais a ver com como você trata cada um, do que princípio, ou o que é aceito nos excríptis de conduta, enfím, que cada um de nôs é único e insubstituível, mas somente juntos poderemos gozar da máxima felicidade, como cantar com um coral regido por esse grande MAÉSTRO que está em meu pensamento e nas minhas orações. Só o que queria dizer é muito, muito obrigado Sefrin por tudo, e que esse agradecimento continue viajando infinitamente pelos ares, assim como a maravilhosa música que tiras de instrumentos humanos ou não, mas que sobre a sua regência nôs faz chegar mais perto de Deus...
Émerson Dias Fagundes. (ex coralista do Coral Unisinos)
"Com o Sefrin 1 mais 1 é igual a 3: dois instrumentos formam um trio, duas vozes soam como três. O nome disso é Sinergia, é a habilidade que o verdadeiro líder tem de fazer com que o resultado final seja maior que a soma das partes. Muitos lideres do mundo todo passam a vida buscando o desenvolvimento deste dom, que o Sefrin já traz de berço”.
Paulo Waikamp

Pois é... O Sefrin... O cara que não saca nada de música, não tem carisma nenhum, não se dedica ao trabalho... é... ta certo...

Ora, fala sério, né?!! O cara que é a tempos a cara de um grupo que vai ficar capenga, no mínimo... que já ta sendo sabotado a muito inclusive... Bom... tem gente que não sabe o que vai fazer pra estragar as coisas boas que tem... parece que tem o prazer de avacalhar com o trabalho de anos de pessoas competentes, empenhadas em fazer o seu melhor... Bom pessoas que brilham muito em geral metem medo mesmo.

Cantei com o Sefrin durante uns 5 anos... e não vejo outro em seu lugar...

É uma lástima, no mínimo, estarem tirando a Cabeça de um grupo que provavelmente não sobreviverá...pelo menos não com a mesma sintonia.

Eu sinto muito...

Taty Zambrano

Ex-coralista e estudante da Unisinos

Tributo ao Sefrin, em tempo e em vida!

Tributo ao Sefrin, em tempo e em vida!

Neste ano de 2011 ficamos de luto. A memória de milhares de gaúchos terá o trabalho de buscar nos eventos musicais realizados pelo Rio Grande do Sul e fora dele, a presença do Coral Unisinos e, nele, a presença do regente João Paulo Sefrin. Falar do Coral Unisinos é falar em Sefrin, como é mais conhecido pelos amigos. Anterior a ele, o Coral já havia sofrido um forte golpe, a ausência da professora de Técnica Vocal Lúcia Passos. Com sua ausência, saíram juntos o carisma e a competência profissional. Mas o tempo passou e, mesmo sem Lúcia, foi possível ir levando o coral sob esforços redobrados. O Coral sobreviveu e refizemos nosso sobressalto e indignação quando, passados alguns anos, somos novamente surpreendidos por nova perda. Quando falamos de perda, muitas vezes lembramos em morte. Disso resulta que nos confortamos, pois dela não se pode escapar e pouco nos resta fazer. Contudo, há muitas formas de perdas. E dessa forma de perda, podemos sim, nos inconformar. O que se registra agora se trata da perda do regente João Paulo Sefrin. Ainda no mês de março de 2011, ocorreu a saída desse profissional que tanto abrilhantou as apresentações do Coral Adulto da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. As músicas conduzidas por ele e a vivacidade expressa por sua regência ficarão apenas nas reminiscências dos afortunados que puderam assisti-las.

Uma vez perguntaram ao escritor Érico Veríssimo de onde ele vinha, e como somente um grande gênio poderia responder: “Eu venho de uma cidade que tem uma Orquestra Sinfônica”. Hoje, todos nós temos orgulho da OSPA, e dizemos, em plenos pulmões, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Como leopoldense, também poderíamos dizer: viemos de uma cidade que tem um coral. Sim, um coral que tem pedigree, tem história, tem tradição. Para os mais novos, talvez nem saibam que o coral adulto da Unisinos já foi destaque nacional, ocupando página 143 da revista VEJA, edição 633, em 22 de outubro de 1980. Como cidadão leopoldense, ocorre-me muitas indagações, dentre elas, duas destacam-se: como produzir tradição? É possível eliminar o que possui qualidade e reconhecimento nacional? A primeira questão relaciona-se com o hábito, em nosso País, de recomeçar de novo, o que já existia e funcionava, por alguma coisa que tem que “ser nova” e “muito melhor”. Sabemos muito bem que o que é novo nem sempre significa melhor. Fica-me a indagação: o que poderá ser melhor que as apresentações do Coral Adulto da Unisinos regidas por Sefrin? A outra indagação remonta justamente a complementação dessa questão primeira: o que possui qualidade e reconhecimento nacional deve ser eliminado para recomeçar tudo de novo? Bem, pelo visto, os atuais dirigentes da Unisinos parecem acreditar nisso. Não levar em conta essa lógica é natural que atribuamos a saída do Sefrin a um jogo de vaidades. E quem estaria por trás dessa decisão? Por certo levaram em conta o alto nível técnico atingido pelo Coral Adulto? Por certo que não. Será que consideraram a relação custo-benefício, como as grandes empresas costumam fazer? Claro que não, pois não há custo superior aos benefícios que a técnica de Sefrin produziu aos nossos ouvidos e almas ao longo desses anos todos. Enfim, são tantas as perguntas, daquelas que somente a indignação e impotência podem gerar. O que será de nós, pobres leopoldenses, acostumados aos cantos produzidos pelas diversas vozes integrantes do Coral e unidas pela regência de Sefrin? Resta-nos a lembrança e a esperança de que a regência de Sefrin NÃO nos abandone e nos brinde aonde quer que SE faça.

Como é costume quando se está em luto, ficará, para nós da Curupira, a lembrança e a saudade do evento Primeira Celebração para a Paz, realizado no ano de 2007. Na oportunidade, a presença do Coral Unisinos abrilhantou o evento. Para a comunidade, uma oportunidade de assistir Ao prestigiado Coral da Universidade da cidade, suas músicas eruditas, populares e sacras, compreendendo que os preceitos de universidade enquanto ensino, pesquisa e extensão não é mera expressão acadêmica, mas vivência oportunizada por Sefrin. As fotos encontram-se em nosso endereço e podem ser conferidas em http://associacaocivilcurupira.blogspot.com/2007_12_01_archive.html

André Ricardo Gonçalves Dias

Primeiro Secretário da ONG Curupira

A Música Transforma...

A Música Transforma...


Sim transforma, e basicamente podemos ver que, através da história, a música foi usada como instrumento político, ideológico, religioso, ritualístico ou, simplesmente, como lazer. Sendo ela atemporal, pode exprimir sentimentos e valores que vão desde uma oração, uma simples declaração de amor, à privação da liberdade, sendo, também, agregadora de idéias e tendo, até mesmo, a capacidade de fazer dois inimigos concordarem em torno de um mesmo gosto musical.

Sim! A música transforma. Mas transforma o que exatamente? E quem? E por quem? A primeira pergunta é fácil, já está respondida no parágrafo acima. Porém, as duas seguintes são mais complexas - acredito eu -, pois faz com que a música merecidamente enaltecida no parágrafo citado caia para o segundo plano. Sim, segundo plano, se tornando apenas um meio, um meio transformador usado por pessoas e para pessoas. Um professor que ensina ética, mas não mostra ao seu aluno na prática pra que ela serve, terá algum sucesso? E o professor de música, que ensina a seu aluno teoria, afinação, ritmo impecável, harmonia etc e não mostra o poder que ela poderá exercer, está criando apenas um decifrador de sinais ou códigos.


Eu vi uma vez um maestro amigo meu a frente do coral da universidade de São Leopoldo (até 2010 um coral de gente boa aliás, que se une e pega no batente se precisar e quando acredita em algo), num trecho difícil de uma música qualquer, levantar uma partitura na mão e dizer: “se colocarmos isso aqui perto do ouvido sai música? Não, vocês são a música que este código precisa para existir de fato!”. Ali senti o poder transfomador da música sendo usado corretamente por quem realmente entende do assunto, pois nem todas as pessoas daquele coral sabiam ler partitura e segundo o mestre, naquele momento, nem precisavam. Me arrepia só de lembrar o que uma frase focada e um simples sorriso podem fazer, coisa de gente carismática e de boa índole, e que muitos gostariam de ter. Acho que isso responde à terceira pergunta feita no início deste texto.

Mas o que eu quero dizer com tudo isso, meu amigo maestro, é que após dezessete anos de Coral Unisinos, a maior transformação que vi ali foi em mim mesma. E se hoje posso ser um instrumento afinado que pode passar conhecimento, é graças àquela nossa amiga, que já passou por isso também, e nunca deixou de brilhar e a tua conduta e sorriso transformadores. Não precisas erguer tua mão para reger, pois a pessoas irão te seguir pelo que tu és.

A ti fica meu aplauso e eterno obrigada, viu MAESTRO JOÃO PAULO SEFRIN!

Dêizi Carini Dias Nascimento

Cantora do Coral Unisinos de Novembro1993 a Março de 2011 e Professora de Técnica Vocal.